Dica para leitura dessa página: por níveis. O método explicado em detalhes nessa página ficará mais claro durante sua aplicação facilitada e com situações práticas do dia-a-dia por conta de sua importante característica de aprendizagem experiencial. Por esse motivo sugerimos que em uma primeira leitura sobre o método inicie com os titulos, então passe ao segundo nível dos subtítulos e assim por diante, incluindo os textos dos passos pelos quais já se interessar mais.
Ao registrarmos uma informação que não esteja funcionando bem e/ou incomodando em um local que usaremos para olhar e cuidar melhor dela, liberamos nossa mente e corpo, por conta de um mecanismo de milhares de anos de evolução, nosso comportamento e qualidade, a responsabilidade de se preocupar que não esqueçamos de olhar melhor para essa informação. Assim nos tranquilizando e possibilitando que olhemos com melhor qualidade para as demais informações e tarefas relacionadas e não relacionadas às informações registradas. Como acontece em um mapa de uma viagem, por exemplo. Imagine se alguém nos contar sobre o trajeto de onde estamos até, por exemplo, o deserto do Atacama. Incluindo as quilometragens, locais dos postos de abastecimento, trechos mais longos sem postos, mudanças de estrada à esquerda ou direita. A importância dessas informações e como nos comportaremos nessa viagem se não registrarmos essas informações em algum local.
Outra vantagem e função do mapeamento é de podermos olhar para determinadas informações em perspectiva. Hoje vivemos com uma quantidade e complexidade de informações, pelo número de pessoas com que nos comunicamos diariamente, quantidade de mensagens enviadas e recebidas, tarefas, responsabilidades, como nunca vivemos antes. Podemos pensar em 5 anos atrás, 10, 15, para não falarmos 40 ou mesmo nos milhares de anos de existência da nossa espécie e todos milhões anteriores em que nosso corpo vem evoluindo. As informações com que temos trabalhado e vivido diariamente, se não bem geridas, tem causado uma grande ineficiência e, em muitos casos, disfuncionalidades mentais e físicas. O registro e possibilidade de trabalhar essas informações olhando para elas em perspectiva, se fazem cada vez mais necessários e muito mais eficientes.
Primeiro identificamos as características da não funcionalidade, da não colaboração e as informações sobre a situação a que elas estão associadas:
Relacionadas às Emoções
As três primeiras características estão relacionadas a importante ferramenta entre o nosso corpo e mente que é o equilíbrio ou desequilíbrio emocional. Em boa parte ou em todas as vezes quando observamos com maior cuidado, há algum tipo de desconforto ou, quando em maior grau, tensão presentes nos processos, procedimentos e projetos em que há algum tipo de não colaboração.
Por muito positivos e importantes motivos, nosso corpo e mente também utilizam a ferramenta de não motivação, em forma, por exemplo, de desânimo quando identificam que um processo, procedimento ou projeto pode ou precisa ser melhor mapeado, ajustado e atualizado. Dessa forma possibilitando que os resultados não sejam prejudiciais mas aprendizados com importantes melhoras.
Da mesma forma e pelos mesmos importantes motivos, é comum não ser fácil ou natural focarmos e nos dirigirmos na direção do processo, procedimento ou projeto que precisa ser melhor mapeado, sem que ele seja melhor compreendido, ajustado e atualizado. Essa experiência inicial de dispersão em maior grau pode vir a ser uma experiência de bloqueio em trabalhar com tal situação.
Outra característica importante e positiva é que processos que precisam ser melhor mapeados, ajustados e atualizados estão dessa forma pois não dedicamos o tempo necessário para compreendê-los. Sendo que seguramente há importantes e positivos motivos para que esse cuidado não tenha sido colocado em prática até esse momento. Ao mesmo tempo que agora, nesse momento, esse cuidado se mostra importante. Também há uma menor racionalidade no sentido que há uma diminuição significativa da qualidade do nosso raciocínio para executarmos tais procedimentos ou projetos nessa etapa, com resultados correspondentes.
Resumindo, processos, procedimentos e projetos com uma ou mais das características ao lado associadas simplesmente não funcionam parcialmente ou mesmo por completo, com resultados de correspondente qualidade.
Pelos mesmos motivos, processos, procedimentos e projetos que não estão funcionando da melhor forma possível, com as características ao lado, diminuímos nossa capacidade de trabalho em equipe, apoio aos nossos parceiros, clientes mais direta e indiretamente.
Através dos raciocínios e reflexões do próximo passo, no decorrer da aplicação do método em diferentes situações, verificaremos que percebermos que um processo, procedimento ou projeto não está funcionando bem é um importante e eficiente mecanismo do nosso corpo e mente e não uma caraterística da situação. Em resumo, um mecanismo que combina sinalização, curadoria e responsabilidade, imensamente positivo se bem utilizado. Conversaremos mais sobre essa perspectiva nos textos que seguirão sendo escritos no material de apoio ‘Conteúdo Organização Colaborativa’: aqui.
Também importante visualizarmos a associação que existe entre essas características. Como o desconforto atrapalha a colaboração, a não funcinalidade implica em desânimo, o bloqueio causa menor racionalidade e vice versa. Ao observarmos tais associações, identificaremos mais rapidamente que uma situação com que estamos incomodados ou desanimados provável ou certamente também não está funcionando como gostaríamos, o trabalho em conjunto das pessoas envolvidas (co-laboração) também não está acontecendo da melhor forma possível, como também não estamos ainda raciocinando bem sobre o que está acontecendo. Compreender tais associações também nos motiva a cuidar de processos, procedimentos e projetos com uma dessas características pois saberemos que, de forma mais clara ou ainda não identificada, nele também estará presente as demais características acima.
Existem diferentes motivos e formas de compreenderemos a não funcionalidade e não colaboração. Os que estão mais ao nosso alcance, com os quais melhor podemos cuidar e resolver uma situação de forma mais consistente e eficiente, são:
Na primeira situação checamos se as informações que estamos considerando sobre determinada situação está alinhada com a realidade, ou seja, se o mapeamento que estamos considerando está alinhado com o mapeando da realidade. Costumamos considerar que outras pessoas agiriam de forma mais semelhante da forma que nós agiríamos do que costumamos perceber antes de olharmos com mais cuidado. Também acontece com extrema frequência que as informações externas mudaram, sejam os acontecidos durante nossos dias de trabalho. Sejam situações externas mais complexas. A segunda situação acontece quando realmente consideramos determinadas informações sobre uma situação mas a situação é outra. Não recebemos as informações corretas, utilizamos informações a partir de outras referências que corresponderam à realidade em outras vezes mas não dessa vez. E a terceira diz respeito a situações também bastante frequentes em que as informações que estamos considerando não bastam para colaborarmos e funcionarmos com qualidade. Precisamos nesses casos aprofundarmos ou ampliarmos o mapeamento, as informações utilizadas. Nas três situações acima basta organizarmos nossos mapeamentos para, assim, ajustarmos e melhorarmos nossa capacidade de funcionalidade e colaboração. Conversaremos sobre diferentes exemplos e soluções para situações como essas, bastante frequentes em nossos dias, durante o treinamento e na página com mais conteúdo sobre Organização Colaborativa (link aqui).
Segundo raciocínio que ajuda bastante no melhora e ajuste da nossa capacidade de funcionalidade e colaboração é identificarmos que para as funcionalidades presentes, tanto as desejadas como as não desejadas, existem causas perfeitamente coerentes para elas estarem presentes. A ponto de, raciocinando dessa forma com qualidade, podermos dizer que seria estranho se o que está acontecendo acontecesse de outra forma. Como, da mesma forma, seria estranho pensarmos assim. O mesmo sendo verdade sobre as funcionalidades não presentes, tanto as desejadas como as não desejadas (costumamos pensar mais nas primeiras). Não existiram como não existem causas para que elas estivessem presentes. São raciocínios que ajustam e melhoram nosso olhar, ao mesmo tempo nos levam a considerar a relação de causa e efeito, ou funcionalidade, naturalmente nos levando a pensar nas causas necessárias para a melhora e solução da situação.
Terceiro raciocínio, mais simples e também de boa ajuda, nos lembra que todos processos sempre podem ser melhor mapeados e, então, nossa relação com eles e suas execuções atualizadas. Enquanto seres humanos sempre mapeamos cada situação presente em nossas ações da forma mais simplificada possível. Não pensamos em toda parte técnica e química do circuíto elétrico do interruptor quando acendemos a luz do escritório, como quando ligamos o computador. Tão pouco na mecânica do carro quando dirigimos e na fisiologia do nosso corpo quando executamos qualquer movimento. Pensamos o que é necessário apenas até que valia a pena fazer o contrário. Essa é a forma mais eficiente de funcionarmos. Ao mesmo tempo que, como já identificado como um dos princípios do validado mundialmente método de produção e gestão Lean (da Toyota), mesmo que lá na década de 40, época bastante analógica, quando um procedimento não muda por muito tempo, há algo de errado. Os cenários estão sempre em constante mudança, menos ou mais dinâmicas. Da mesma forma seus mapeamentos e processos devem sempre ser atualizados. Assim, não é por falha de mapeamento ou de qualidade de um procedimento. Suas atualizações precisam acontecer de forma natural, cada vez com maior presença e frequência em nossos dias.
Para finalizarmos os raciocínios, reflexões e convites sobre o melhora e ajuste da nossa capacidade de funcionalidade e colaboração, importante lembrarmos e entendermos que as características sinalizadoras e informativas são sempre muito importantes e positivas. É o mecanismo como o nosso corpo e mente nos avisa e nos faz parar com o uso de um mapeamento que não corresponde mais à realidade ou que nunca correspondeu. É como nosso corpo e mente, por vezes com o coração batendo mais rápido, por vezes suando, com incômodos, desânimos, tensões e demais características da não colaboração descritas acima, nos fazem parar de seguir com uma ação que não funcionará bem, com as quais teremos resultados negativos a curto ou longo prazo. Ao mesmo tempo que é o sinal que algo pode ser melhor visto, pensado, compreendido. Compreendendo e fazendo bom uso da combinação dessas nossas extremamente sofisticadas, eficientes e positivas ferramentas, desenvolvidas por milhões de anos de evolução da nossa espécie, os resultados poderão sempre ter significativamente melhor qualidade.
Durante os ajustes e melhoras acima, identificamos se há informações complementares relevantes para o mapeamento atual, como se há atualizações que podem ser feitas com relação às informações das etapas anteriores. Podem haver informações que faziam parte do mapeamento nas etapas anteriores mas não fazem mais parte do mapeamento atual, informações que não faziam parte do mapeamento e fazem sentido fazerem parte no mapeamento atual, como informações que faziam parte e valem ser reconsideradas nessa etapa.
Dependendo da complexidade do procedimento ou projeto, o quão de ajuda possa ser sua visualização de forma bastante organizada, assim como a importância desse mapeamento ser compartilhado com mais pessoas envolvidas, é importante que seus registros sejam o mais organizados possíveis para: (a) tranquilizarmos nossas mentes que determinadas importantes informações estão registradas dessa forma e assim serão cuidadas, não precisando nos preocuparmos e nos ocuparmos em não esquecê-las, (b) podermos olhar para as diferentes informações em perspectiva e ao mesmo tempo, (c) de uma forma que possamos visualizá-las e utilizá-las facilmente, como um mapa de uma região que não conhecemos. Como acontece com todos mapas que utilizamos, como com a falta deles. Por exemplo, imagine memorizar ou comunicar todas as informações de uma rota de viagem dependendo da complexidade do trajeto, da região, nossa familiaridade com todas informações, como a experiência das pessoas envolvidas, comparado com o registro dessas informações em forma de um mapa organizado, fácil de ser visualizado e utilizado.
Uma vez com o processo, procedimento ou projeto bem trabalhado e mapeado, de forma coerente, organizada e clara, naturalmente os próximos passos serão pensados com a qualidade correspondente e registrados como um plano de ação para que possam ser utilizados de forma eficiente nos próximos dias.
Equilíbrio Emocional
Que surge a partir do ânimo em ver a execução e resultados dos processos, procedimentos e projetos sendo bem trabalhados, como também por conta da experiência de retorno a este bem estar que nos é natural pós ajustes dos passos anteriores.
Relaxamento com a qualidade de quando está necessariamente associado às demais cinco características ao lado, portanto com uma característica de abertura com relação às informações envolvidas: pessoas, pensamentos e ações.
Nossos naturais interesses, concentração e foco na execução dos processos, procedimentos ou projetos, como em nossas escutas, observações, trabalho em equipe, tomadas de decisão, raciocínios e resolução de problemas.
Tanto como causa bem trabalhada para o resultado que é esse quarto passo, como uma das características do resultado desse passo: a possibilidade e disponibilidade de um raciocínio mais amplo, lógico, de melhor qualidade que nos primeiros passos acima.
Consequente e naturalmente, combinado às cinco características anteriores, funcionamos assim da melhor forma possível. Observaremos também que parte natural da combinação de nossas características e competências base é nossa motivação, foco, raciocínio e colaboração em direção a melhor funcionalidade e resultados, a partir dessa mesma base e com essa mesma qualidade de trabalho (relaxamento, motivação, foco, raciocínio, funcionalidade e colaboração).
Melhor capacidade, natural inclinação e disponibilidade para o trabalho e aprendizados em equipe, junto aos parceiros internos, externos e clientes, com resultados de qualidades correspondentes.
Um dos principais diferenciais do treinamento é que naturalmente nos tornamos muito mais responsáveis por situações que antes delegávamos a responsabilidade. A diferença é muito grande, significativa e os efeitos dessa característica na cultura, relações, funcionamento e resultados das diversas áreas de uma organização são marcantes.
Utilizando uma ferramenta de trabalho que já possuímos, nossas 6 características base (mais aqui) independente de situações externas, nossa autonomia enquanto indivíduos e grupo se torna cada vez mais expressiva na execução e qualidade dos resultados de nossos trabalhos.
Ao vermos o impacto dos aprendizados acima nos resultados dos nossos trabalhos, nas relações e resultados da organização, desenvolvemos o interesse, o ambiente de estímulo e de apoio a esses aprendizados sobre nossas competências colaborativas e organizacionais.
Compreenderemos que a base de todo o treinamento e desenvolvimento são nossas próprias características e qualidades naturais que nos são inerentes. Veremos que já estão e sempre estarão disponíveis, precisamos aprender a utilizá-las, assim como com relação às qualidades dos resultados do trabalho que utiliza-se dessa base.
Ao identificarmos a relação entre os aprendizados sobre nós mesmos e a qualidade dos nossos trabalhos, natural e consequentemente teremos todo o interesse e melhores ferramentas para busca da excelência qualitativa e quantitativa em nossas profissões, equipes e organização.